quinta-feira, 2 de abril de 2009

Blogs jornalísticos

Hoje em dia, os blogs já fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas que acessam a rede e compartilham com os outros suas opiniões sobre assuntos variados.

Os blogs que encontramos pela internet, atualmente, não trazem mais aquelas características típicas dos diários online, onde pessoas mantinham informações constantes sobre suas vidas pessoais.

Grande parte dos blogs, hoje, são voltados ao jornalismo. E jornalistas de renome nacional passaram a utilizar o blog como ferramenta para, principalmente, informar os leitores. Dentre os blogs mais visitados na internet, encontramos pelo menos dois, que pertencem à jornalistas renomados.

A professora de webjornalismo e jornalista Pollyana Ferrari, em entrevista recente, disse que a experiência de um blog jornalístico é fundamental. “Não só para treinar a linguagem, mas para criar o hábito diário de se reciclar, navegar”, conta.

Pollyana ainda afirma que a convivência do jornalista com a web contribui para o aperfeiçoamento das ferramentas, já que, segundo ela, o primeiro passo para entender a blogosfera é navegar muito. “O blogueiro realmente incorpora o bordão 24×7. Sete dias por semana, 24 horas ligado”, diz.

O blog pode ter atualização constante, coisa que os jornais impressos não podem. Além disso, é possível a interação de várias mídias em um único lugar. É o que se chama de convergência de mídias.

Outro aspecto interessante, e que diferencia o blog dos outros veículos tradicionais de mídia, é a interatividade. Através dos comentário, é possivel que haja maior interação entre leitores e jornalistas, os responsáveis por produzir os textos. Essa comunicação entre o emissor e o receptor dão uma dinâmica produtiva, já que, através dela, é possivel saber quando um assunto agrada, ou não, ao público.


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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Barriga internacional

O caso de Paula Oliveira trouxe novamente à tona, as dificuldades enfrentadas por brasileiros no exterior.

No dia nove de fevereiro, a TV Globo anunciou que a advogada brasileira havia sido agredida por um grupo de skinheads enquanto conversava com a mãe ao celular e falava em português. Durante o ataque, os agressores teriam marcado o corpo de Paula com as letras SPV, partido político considerado xenófobo. Dez dias depois, a mídia divulgava reportagens dizendo que a advogada teria admitido ter feito declarações falsas à polícia de Zurique.


Ainda que Paula tenha confessado que ela mesma foi a responsável pelo suposto atentado, é constante o número de brasileiros que são vítimas de violência no exterior.

O mais grave de todos os casos envolvendo brasileiros é, sem dúvidas, o de Jean Charles de Menezes, que foi morto numa estação de metrô em Londres, ao ser confundido com um terrorista árabe, em julho de 2005. A polícia britânica foi responsabilizada pela morte do imigrante.



Outro assunto que foi bastante discutido após o incidente com a advogada brasileira, foi a existência das “barrigas” na mídia brasileira. No jargão jornalístico, dá-se o nome de barriga a uma notícia falsa, divulgada sem a devida apuração.

A barriga rendeu conseqüências ao país no exterior. O Ministro das Relações Internacionais, Celso Amorim, fez críticas a Suíça – país onde ocorreu o caso. Segundo ele, o ataque contra Paula foi “grave” e “chocante”.


O caso da brasileira na Suíça não foi o único exemplo de barriga na mídia brasileira. Quem não se lembra da Escola Base? A barriga destruiu a vida de várias pessoas inocentes. Falta cautela aos jornalistas. Parece que alguns jornalistas se preocupam mais em dar a notícia em primeira mão do que confirmar se, realmente, o fato é verídico.

“Isso é uma vergonha”, como diria Boris Casoy, um dos grandes jornalistas do Brasil.